Pra que negar o sentimento? Ou privar a sensação? Deixa a fechadura, abre sua porta, que entre o vento então.
Roda sua saia, despenteia teu cabelo, anda descalça. Deixa a maquiagem, grita teu brado, esqueça a espinha.
Pega tua caneta e rabisca tua folha. Escreve com caneta e risca por cima. Faz da sua vida arte e vai, menina.
O forno esqueça ligado, deixa a janela aberta, molha a casa de chuva.
Anda com a roupa amassada, esquece do padrão imposto, tranca o preconceito pra dentro. Foge.
Sai pelo passeio sem destino certo, deixa a chave na porta e convida a novidade. O ar circula na rua, abre a janela e deixa passar a chuva. Viva a diversidade.
Esquece do que foi, importa o que é, deixa o passado pra depois e simplesmente vá a pé.
Não use relógio, guie-se pelo sol e enquanto houver luz haverá festa. Quando a luz se for, o passo de trás ficou, a decisão envelheceu mas o futuro ainda é seu.
O tempo passa sempre, então deixa passar, não corre atrás. Faz da vida a arte de viver, sem medo de sua história desaparecer.
Esqueça dos padrões, assume o controle. O padrão e o objetivo ou o sucesso, questão de opinião. Leva a tua vida longe da imposição.
Não, não, Padrão. Hoje não.