Não importa quando...

A independência é tão prazerosa, e só é percebida sua importância quando dependemos de algo/alguém. Por muitas vezes, ela me lembra que eu coexisto, e não só existo. Querendo ou não, não dependo só de mim para fazer o que quero, etc. Por muitas vezes a dependência é “voluntária”, a inércia/inatividade que rege nosso cotidiano de certa forma é o ar que respiramos, mas nada é pior do que depender de alguém no amor. Não no sentido de precisar de alguém para amar, não dá para se amar sozinho (obviamente); mas quando a “intervenção de algo externo” torna-se o grande ponto a ser superado! Já me acostumei, não acomodado, mas conformado com o fato de ser dependente não por vontade minha.

A dependência nos afunda em um estado inerte, como já disse; o que me deixa com o sangue mais quente, e faz minhas reações mais energéticas e automáticas, o que já me fez “mais escravo” desse estado dependente, e por meu erro estendeu-se ou talvez tenha sido eternizado o fato de que eu seja dependente disso. Reagir de forma imediata nessa ocasião, foi uma lição que tive que aprender com o meu próprio erro; falar de mais e passar por cima de -regras, não foi realmente uma decisão das mais inteligentes, por mais que inteligencia não seja o mais importante, o grau de “mandante” é muito mais importante do que ter a razão. Não errem como eu.

Como se caminhasse por um vale onde há mais árvores do que luz, tudo torna-se escuro, as subidas ingrimes e descidas alucinantes fazem a caminhada ser exaustiva. Onde deveria ser um rio cristalino, há um rio que como cachoeira de lágrimas derrama o sofrimento em cima de mim, o que me faz mais fraco. Pedindo que eu não tome água de sua fonte, me faz sentir mais derrotado ainda frente a tudo isso. Não desejo outro rio, da mesma forma que não desejaria outro “cigano” para caminhar entre as árvores desse bosque e beber da água desse rio que se desfaz em cachoeira. Prefiro ficar preso entre suas árvores, e morrer de sede sem suas águas, a que um outro qualquer seja feliz com tudo que está guardado em minha memória. Não deveria ser assim, mas começo a me imaginar longe de você, e não vejo um sorriso em meu rosto nesse futuro.

Independentemente de ser dependente” ou não, escrevo meu futuro em linhas retas que são inalteráveis. Nada pode mudar minha vontade, nada é tão grande e assustador que eu já não tenha vivido. Não, não vai sair da minha boca a palavra -desisto. Realmente, não vai ser assim. Você, desista de tentar vencer o que eu sinto, o que sentimos. Eu, acredito que um dia, não importa quando, nosso sol vai voltar a brilhar mais forte do que nunca. Nosso amor vai ser maior do que antes fora. E dessa vez, sim; nada poderá nos impedir de viver nossa história. “Meu Deus, como eu te amo.


10/03/2010

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