Desconfia, odeia, chuta, machuca, esquece, deixa ir, aceita; mas antes disso olha em meus olhos e diz que já não me ama mais. Não olha, não fala, não escuta, não acredita, machuca, mas antes deixa-me dizer que te amo. Pune, castiga, esqueça, chore, me mate, mas só depois que eu te esquecer. Não faça nada, mas me deixa sangrar, o preço que tenho que pagar por ter feito isso é não te ter comigo para sempre... Aceito, sofro, choro, grito, me desespero, o que deveria fazer? Deito e não consigo dormir, por que sei que agora te perdi; todo sempre. Não penso em nada mais, pois meus pensamentos são o último lugar que posso te ter aqui, para mim. Não tenho escolha, chorar e sofrer não são suficientes, mas aceito sem relutar, ou tentar fugir. Vou ocupar meu tempo com algo que me faça perceber que 100 dias sem você são melhores do que um dia com outro alguém, ou que o resto da minha vida sabendo que eu te perdi me fará mais feliz do que 200 anos com alguém que TENTE me fazer feliz. Já errei, e não posso refazer, desejo que isso seja um pesadelo e eu acorde disso agora, mas não é... Não é! Não sei muito bem o que eu fiz, não tenho noção, sofro sabendo que não te tenho mais. Agora, nem que eu tentasse, conseguira sentir algo diferente de ódio à pessoa que eu sou, acabei de dar razão ao que mais me fez lutar, acabei com o fio de esperança que ainda tinha, se antes já era difícil, agora é impossível. Como dói. Dói tanto que já não sinto mais, tento chorar e nem a lágrima merece meu sofrimento. Não foi muito, talvez sim, mas antes de tudo foi um ponto final; que como flecha em meu coração, escureceu meus olhos; morri.
A chuva só me faz mais triste, a noite me faz sofrer. Memórias me abatem, nada me faz pensar que há volta, porque não há. Agora é hora de acordar... Caminhar sobre o sangue que derramei ao me cortar. Esquecer que um dia te amei, e te fiz me amar, esquecer como tudo isso foi bom e lembrar que o final foi triste. Sei que ainda e para sempre vou sorrir quando teu sorriso eu ver, só assim posso sorrir de novo. Assim vai ser.
15/03/2010
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