Memórias.

The world moves on, you're just another one”, não é bem assim que é a vida. Memórias vão sempre fazer parte do que somos hoje. Como se fosse uma das tramas que formam o fio da vida, que de fato é a única coisa que pode dizer o que você realmente é, o que tem formado seu caráter. O que vivi marcou minha vida, e tenho aprendido a separar as pessoas dos fatos que condizem a cada uma delas. Não é fácil quando o cheiro, uma frase, música, saudade do abraço, ou só o fato de eu ainda respirar, me faz lembrar delas/deles que marcaram o nome em meu coração; amigos. Os que marcaram por amor e ódio, ou por serem inesquecíveis e em um piscar de olhos foram esquecidos, para a vida toda e de repente se foram. Nunca foi falso, nenhuma das palavras de amor e carinho, conselhos, horas no telefone, conversas no MSN que poderiam ser livros, textos, músicas como significado e espelho da amizade, cartas, brigas, tudo foi tão real que hoje alguns momentos da década passada ainda são nítidos e são “vividos” em minha mente, muitos jamais serão esquecidos. Cada abraço marcante, ou todo abraço que deixa marca, todos abraços, são amor que pôde ser visto e só compartilhado entre nós dois, e ainda não acabou. Amor irradia como o sol, ilumina, aquece, faz-se poesia, motivo para ainda querer viver, não só para quem sente, mas sim a todos que um dia já viram de perte, ou pelo menos a sombra do que é o amor.
Só não aprendi e ninguém, como não “produzir” memórias de tudo isso. Para parar de deixar memórias deveria recusar abraços, evitar música e poesia, ignorar que não é possível viver só de “pão e água”, há mais do que esse alimento, a alma clama por música e pela poesia da vida escrita a cada dia. Aceito viver sem o ar que me rodeia, mas não aceito nunca deixar de fazer meu caráter, fazer e montar o que eu sou, e serei. Memórias...

09/06/2010

"Vale a pena acreditar no sonho que se tem"

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã... Mais uma vez, eu sei.” , se essa afirmação fosse a confirmação de dias melhores e vida bela, esse texto não teria o mínimo sentido. Palavras de uma música que pode descrever como tenho me sentido, e como tem sido a vida ultimamente. O nascer do sol é a confirmação de que mais uma chance nos foi dada, então aproveite que o sol ainda brilha e o sangue ainda corre por suas veias para fazer tudo de uma maneira melhor, que te faça feliz da maneira que você realmente é, faz o mundo alegre desde que seja tudo da sua forma. Sorria com sinceridade, a todos que de fato são razão para sorrir. Ame sem medo de ser feliz ou de ser magoado, antes de tudo “confie em si mesmo” e se faça amável. Importe-se com quem merece, e faça os que não são importantes tornarem-se parte de sua vida. Aceita as diferenças que não são suas e convive com as que te fazem o que é; da forma que elas merecem, sem suas próprias características sua face se distorce, irreconhecível. Constrói seu caráter com tudo que há de melhor no mundo; poesia, flores, música, amizade, carinho, junta tempo só para você, passa mais tempo com seus pais, aproveita a “juventude” de seus avós... família!
Sem medo faça tudo que é atingível, e acredite no inalcançável; faça dos seus sonhos a realidade, e de sua trise (e antiga) realidade o passado que já não lhe atormenta mais. Você é sim o “diretor” da vida que Deus lhe escreveu, de tudo há um pouco que você deve fazer, há muito também que é feito agora que com muita dor será lembrado, em breve. Não faça o que gera arrependimento, o orgulho do que por você foi feito é infinitamente maior do que o “prazer” que talvez sinta agora, “selvagem”. Arrependimento não é legal... Dói tanto quanto flecha no peito; deixa só como desprezo; faz vontade de morrer, desgosto pelo próprio ego; corrói como ácido; queima como fogo; lágrimas... Viver e deixar suas marcas, amando e sendo amado, falando e sendo ouvido; confiando... Viver junto é viver a vida de verdade! Viver sozinho é como sofrer... “É impossível ser feliz sozinho”. Transforme-se.

11/05/2010

*Frases em ítalico são de Renato Russo - Mais uma vez

I want my life again...

A vontade de “nada” com o passar do tempo, me consome. Fazer (estudar, tentar, lutar) sem saber se é útil para meu propósito, me irrita e desmotiva. O que, para quê, porquê; não preciso, e nem quero respostas, meu sentimento é de que não me encaixo em nenhuma dessas direções que tudo me leva a seguir, revolta. O que deveria ser, não é o que sou; a ideia de que possa ser o contrário disso não passa por minha mente, e se um dia passasse, logo seria esquecida. Não estou aqui para aprender e aplicar, e perder 100% da minha vida dessa forma; tenho muito mais o que viver... Não me encaixo no contexto dessa época, quero não precisar do que me oferecem, só por realmente não precisar. Não quero números e fórmulas que moldem meu humor hoje, e muito menos conceitos que são juízes e comandam minha vida. Não é isso que me fará feliz, ou melhor que alguém. Ser aprovado no vestibular parece não afetar meu destino, só quero ler/escrever/ouvir/falar para ser feliz. A busca pela eficiência acadêmica virou obsessão no meu cotidiano, menos para mim.
Quero independência de pretextos para sorrir e ser feliz, o meu mundo é diferente de tudo isso. Não quero que tudo mudo só por causa de minha “falta de normalidade”, ou quero fantasia real de um lugar onde eu, você, e todos possam ser felizes em suas próprias maneiras, sem padrões de tudo, e talvez sem controladores e controlados talvez as lágrimas por todos nos derramadas tornar-se-iam mudança.
- Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.”
Tudo deveria ser re-feito. Tudo mesmo. Um apocalipse e talvez “mais um novo Gênesis”.
Só a tentativa de fazer diferente já mudaria tudo, tudo que já foi vivido deveria ser jogador no lixo, da mesma forma que é feita com os sonhos e com a individualidade ultimamente. O direito de ser o que realmente somos (hilário...) foi suprimido pela vontade da perfeição e pela busca de estabilidade (“Admirável mundo novo” ou algo do tipo). Sentimentos, ideais, ideias, vida, vontade, desejo, e sei lá mais o que são “pseudo-coisas”, cópia do que antes eram, incrivelmente todos sentem e não-sentem falta, só pela falta de coerência, e tempo para mudança. Como disse, nossas lágrimas deveriam ser mudanças, e não só tempo perdido. Não quero nosso mundo para ser o meu, para eternidade. Vou viver diferente.3 anos, mais nada. Quero minha própria vida.

06/05/2010