Memórias.

The world moves on, you're just another one”, não é bem assim que é a vida. Memórias vão sempre fazer parte do que somos hoje. Como se fosse uma das tramas que formam o fio da vida, que de fato é a única coisa que pode dizer o que você realmente é, o que tem formado seu caráter. O que vivi marcou minha vida, e tenho aprendido a separar as pessoas dos fatos que condizem a cada uma delas. Não é fácil quando o cheiro, uma frase, música, saudade do abraço, ou só o fato de eu ainda respirar, me faz lembrar delas/deles que marcaram o nome em meu coração; amigos. Os que marcaram por amor e ódio, ou por serem inesquecíveis e em um piscar de olhos foram esquecidos, para a vida toda e de repente se foram. Nunca foi falso, nenhuma das palavras de amor e carinho, conselhos, horas no telefone, conversas no MSN que poderiam ser livros, textos, músicas como significado e espelho da amizade, cartas, brigas, tudo foi tão real que hoje alguns momentos da década passada ainda são nítidos e são “vividos” em minha mente, muitos jamais serão esquecidos. Cada abraço marcante, ou todo abraço que deixa marca, todos abraços, são amor que pôde ser visto e só compartilhado entre nós dois, e ainda não acabou. Amor irradia como o sol, ilumina, aquece, faz-se poesia, motivo para ainda querer viver, não só para quem sente, mas sim a todos que um dia já viram de perte, ou pelo menos a sombra do que é o amor.
Só não aprendi e ninguém, como não “produzir” memórias de tudo isso. Para parar de deixar memórias deveria recusar abraços, evitar música e poesia, ignorar que não é possível viver só de “pão e água”, há mais do que esse alimento, a alma clama por música e pela poesia da vida escrita a cada dia. Aceito viver sem o ar que me rodeia, mas não aceito nunca deixar de fazer meu caráter, fazer e montar o que eu sou, e serei. Memórias...

09/06/2010

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