Amor, por Jade Marinelli

Difícil falar de amor. O que se sente, não se explica. Consome-te, domina. Faz sofrer, faz sorrir. Machuca, transforma. Passar por isso? Todos nós iremos.
Bom? Ruim? Os dois simultaneamente. Acontece. Mesmo que pra isso seja preciso matar dragões, atravessar oceanos, tomar uma poção mágica. E se acontece, tudo perde e ganha sentido. A música, a poesia, as cores, os perfumes, o calor.
Amor é vida, amor é morte. Sofremos pela distância, pela falta, pela perda, por um sentimento não correspondido. “Me vejo vivo morrer”, diziam. E sempre foi assim, sempre será.
Todo amor só é grande se for triste”. Se sofrer significa amor grande, verdadeiro, quero sofrer mais. Quero amar mais. Quero sentido nas coisas e quero que as coisas não tenham sentido. Quero sorrir, chorar, abraçar. Quero mais, muito mais.
Quero aquele amor de filme, amor de livro, amor de poema. Sem erros, insegurança, onde tudo é simples e único. Não é bem assim. Complicado e difícil, fácil de se sentir, impossível de compreender, inimaginável tal explicação. No final, tudo valeu a pena, pois em pelo menos um único momento duas vidas se tornaram uma só e tudo esteve completo.
Se vivemos de incertezas, quero morrer com a certeza de que amei e fui amada. Todo mundo entende do que eu falo. Quem sentiu/sente o amor sabe que explicação nenhuma isso requer.
Sem procurar explicação para dor e para força que se encontra ao superá-la, aceitar e dizer que se é necessário passar por isso. Morrer no viver e viver em morrer, como se só para isso fossemos criados, para amar. Se amar for viver, quero viver amando, só para que meu ciclo de vida seja você e eu, e que assim seja para todo o sempre.


08//08/2010

Jade Marinelli  e Matheus Lima

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