“E se o sol nasce, e as plantas florescem, se a chuva cai, e o céu anoitece, logo lembro que nada faria sentido se não fosse com você que eu visse tudo isso acontecer. Encostado na parede do quarto, ouvindo algo que me lembre aquele dia perfeito, nem me lembro qual a função de todas as outras partes do corpo se não o coração, que foi designado de forma toda, para te amar. Voltei meus olhos para nosso retrato, que guarda meu sorriso, que só se torna completo se você sorrir também. Não me lembro muito bem, mas caminhei pela varanda do quarto, desci os três pequenos degraus, coloquei meus pés descalços sobre a terra, e me apoiei aonde pudesse ter sustentação suficiente pra que se adormecesse pensando nos seus olhos, no seu toque e nos seus cabelos, eu não caísse.
A primeira imagem que veio a minha mente foi aquela, do nosso último abraço, naquele ultimo inverno. Agora, já não posso mais te tocar, e dizer pela primeira vez que o que sinto por você é muito maior do que você imaginou naquele ultimo momento. Espero que meus olhos tenham sido o mais sincero que jamais foram, e que a forma que te toquei tenha expressado o amor mais puro e verdadeiro da forma que queria. Se eu pelo menos soubesse... Já não posso lamentar o que passou, só quero fazer valer o amor que sinto.” -disse Pedro.
Depois do fim dos parágrafos que tinha escrito e posteriormente lido à alguem que realmente fosse dar atenção a todo sentimento que foi colocado ali, caiu a lágrima que manchou as palavras do começo do texto. A resposta não teria como ser mais direta:
“Acredito no seu amor, pois da forma que a amou, sei que hoje te amo.” E segurando em suas mãos, passando segurança e conforto, o beijou.
E talvez dessa forma, uma história nascesse. Não só de Isa para Pedro, mas de tudo que os envolvia. O tempo passou devagar, e enquanto os dois estavam abraçados, a única coisa em que pensavam... não, não pensavam. (...)
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