Sem título.

Passa ou passou por minha cabeça que, pela primeira vez, amar não foi realmente “vantajoso” e muito menos prazeroso. É difícil, ou foi difícil, que essa ideia fosse arquitetada em minha mente e mais um pouco de tempo foi necessário para que isso fosse processado e “digerido”. É fácil entrar no sistema dinâmico do amor, difícil é quebrar suas engrenagens e fazê-lo parar de pulsar, e empurrar o amor por cada uma das veias do nosso corpo, e cessar esse modo de vida naturalmente montado (ou não).

E não foi “vantajoso” por que novos erros não foram cometidos, e assim sendo não pude aprender algo que me fizesse mais forte; por mais que cada chaga seja fechada (mais uma vez) não serão mais duras de serem re-abertas. E não tão só por isso, e pela primeira vez meu tempo foi jogado ao vento e como areia desapareceu, como se nenhuma utilidade esse pudesse ter.

Fui só uma peça nesse tabuleiro onde só o revez foi colocado em meu caminho. Certo revez que de forma incomensurável me atingiu em cada uma das casas do tabuleiro; e dessa vez o jogo fez-se por evidência um jogo de azar. Ou então os “dados” foram feitos para que só o fracasso fosse real; e de forma lúdica o mesmo fracasso tomou posse do sucesso, o qual está acorrentado em alguma cela, de algum centro de detenção provisória, e nem o sangue que cai de minhas mão machucadas é aceito como fiança... Censurado foi o amor que senti por você; acorrentado e com seus olhos furados e impedido de voltar a algum dia a (te) amar.


05/02/2010

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