2010

Tive que aprender o que nunca quis aprender, tive que aceitar que meu mundo havia sido jogado no chão e pisado por pessoas que eu amo. Aprendi que estereótipos foram feitos para que fossem quebrados, aprendi que paradigmas de nada servem se algum dia eles se defrontam com algo que se chama amor; amor, sempre o amor, em nenhum momento de toda situação da minha vida desisti de deixá-lo agir sobre minhas decisões.
A princípio não quis aceitar que minha vida seria mudada e que eu cresceria com cada mudança a que eu fosse naturalmente submetido. Dei de frente com tudo que não era de acordo com o que sempre pensei. Descobri que a verdade nunca é absoluta (por mais claro que isso seja) e que muitas vezes se é desprezado por sua verdade ser diferente da verdade alheia, te fazem de inferior só por acreditar que há um Deus criador e onipotente, mas nem por isso deixei de defender que o único amor que liberta é o de Jesus, amor verdadeiramente incondicional.
Aprendi mais uma vez que o amor não se cria. Por “acaso” ele acontece e acaba por tirar de suas mãos o controle de sua própria vida. As pessoas que nos fazem nos apaixonar são as que menos impressionam por serem extravagantes, simplesmente encantam com a simplicidade de serem perfeitas e serem parecidas com aquela personagem utópica de um filme ou um livro de romance, como se só ela pudesse completar seu coração e te fazer completamente feliz e se não for com ela nunca será completo. O desejo incita o amor, o desejo cria aquelas borboletas que são sentidas na barriga e o simples fato de a pessoa passar ao seu lado significa tremedeira e mãos suando. Aprendi que de repente o que você mais evita é o que mais quer.
Acabei por descobrir que o tipo de garota que eu amo... não é um tipo de garota. Não há garotas que foram feitas para serem namoradas, aquelas que te farão menos triste quando por acaso você estiver sozinho por mais de uma semana ou ainda aquelas que você verá um dia na vida e nem vai saber o nome na semana seguinte. Quando se ama se esquece o que foi feito (e o que contigo foi feito), quando se ama se esquece que algum dia não se deu valor próprio, quando se ama o tudo ganha novo sentido simplesmente por haver uma inserção automática em um novo contexto de vida e “eu” passa a ser “nós”.
Amizades não se acabam e somem, mas simplesmente se transformam. Mais uma vez descobri que melhores amigos não existem. A amizade é conveniente por natureza, natureza que soa insensível e impetuosa com aqueles que se entregam plenamente a alguém que é rotulado melhor amigo.  Ajuda-se sem querer qualquer coisa em troca e isso é suficiente para se concretizar ali um amigo e um irmão.
Criei amizades do nada, muitas vezes não lembrei como tudo começara. Confundi pessoas “legais” com animais, confundi animais com pessoas legais, julguei um popular como legal e em duas semanas mudei de opinião. Julguei pela aparência, me arrependi, aprendi, não errei mais, me livrei de estereótipos e fui à luta, passei por barreiras, criei amizades, odiei e amei, amei e depois odiei, nunca houve tanta inversão de papeis em minha vida; foi sem dúvida o ano mais intenso.
Alguns amigos meus eu nunca mais verei, outros tenho certeza que sempre vou re-encontrar.
Uma parte de mim realmente ficou no CRE, sinto falta de cada conversa de 2h com meus amigos-professores, descobri em professores novas qualidades que nunca esperei que um dia descobrisse, aprendi que ficar com notas vermelhas no último bimestre e passar no conselho de classe (ou não passar...) não é uma experiência necessária para ser vivida. Construí heróis, convivi com inimigos, aprendi a odiar garotos que nunca conversei na vida, aprendi a amar pessoas que jamais amaria. Aprendi que defender não significa ser estúpido. O amor me transforma naturalmente sem que eu queira, agora sei que devo dizer o que sinto e fazer minha mulher se sentir a mais lindo do mundo sempre, pois não sei se em algum dia não terei a chance de dizer o quanto a amei e o quanto quis que ela vivesse o futuro dela comigo sendo assim nosso futuro um só.
Aprendi muito, mas pouco ficou guardado em mim. Pouco mudou a minha vida. O pouco que mudou a minha vida com certeza será um dos traços do meu caráter eternamente. Conheci muitas pessoas, encontrei uma garota de 1,5m que me faz sentir o homem mais feliz do mundo e em cinco meses já vivi com ela o que nunca vivi em quinze anos de vida com ninguém e agora já quero viver minha história com ela (eu te amo, Jade), fiz um par de amigos que vou levar comigo pra sempre (TRIPÉ! Sauzão e Yaguinho), não deixei de lado nenhum dos irmãos que fiz no CRE (Mat, Tavinho, Larissinha, Japa), ganhei um anjo na minha vida e antes de tudo um exemplo que com certeza vou fazer o máximo para seguir (Nego - Dennis), descobri que por trás de um rosto sereno e frio há um cara doido e sentimental que além de ser Tricolor é um amigo especial e filósofo (Nóis, Petra), em uma garota dos cabelos loiros encaracolados com uma mente meio nerd e um estilo meio alternativo eu aprendi que quando se tem alguém que pode confiar nada pode ser barreira tão grande para que nasça uma amizade eterna (Ab linda).
Mudei por amor, não em favor do amor. Mudei porque agora eu amo alguém mais do que a vida e porque quero ser melhor o possível para que ela se sinta feliz e antes de tudo amada ao meu lado. Aprendi tanto com você, Jade... Obrigado por tudo. Obrigado por me amar e me agüentar em toda minha impaciência momentânea e chiliques incontroláveis. Obrigado por me aceitar sendo meio nerd. Obrigado por me fazer ser uma pessoa melhor simplesmente por estar ao meu (VOCÊ ACABOU DE LER MIL PALAVRAS, YEAH) lado. Quero sentir seu cheiro enquanto te abraço e que isso signifique sempre e eternamente a paz que eu preciso para ser feliz. Quero que você sempre esteja em minha mente assim que meus olhos adormecidos se abram. Quero que você seja o meu último pensamento antes de esses mesmos olhos se fecharem pela última vez na vida. Viver minha vida com você passou de vontade à necessidade. Eu preciso de você, dependo do seu amor para viver; e diferentemente de todo o resto da minha vida eu não sinto medo disso, quero cada vez mais me entregar a você, e, em você confio plenamente (entre nós).  Quero dançar a nossa valsa – natal, natal, natal ­- no meio do seu quarto e te assustar a noite fazendo seus tubes caírem no chão e rir de você quando procurar em mim segurança depois de quase morrer de susto. Vou cantar em dueto com você “Matheusinho querido, vem ficar comigo” sempre e vou dizer que sua voz é tão linda como o canto dos pássaros (aham, ok, obrigado). Quero que você se proteja em meu peito enquanto dorme, quero acordar e te observar pela manhã dizendo em meus pensamentos “Tenho comigo a mulher mais linda do mundo” e externar esse pensamento sorrindo para ninguém... E se me faltam palavras para dizer o quanto te amo é maior prova de que não há lugar no universo que contenha o nosso amor. Te amo, magrela.
Perdi minha avó... Por pouco imaginei que a perderia em um tempo tão próximo do agora. Foi guerreira lutando (junto de meu avô que não conheci, infelizmente) para que seus onze filhos tivessem o que comer e antes de tudo os deu educação. Aguentou o que não lhe era necessário, viveu o que não lhe era pedido para viver, tomou as dores de quem não merecia, sofreu e adoeceu por erros que não foram seus. Foi no dia 2 de Julho de 2010 pouco depois do jogo do Brasil contra a seleção da Holanda que a maior heroína da minha vida cansou da vida e descansou nos braços de Deus. Despediu-se de alguns dos netos, de poucos dos filhos e de alguns bisnetos enquanto segurava um boneco de pelúcia em uma das mãos, e, o terço na outra (como sempre fez em jogos do Tricolor do Morumbi e da seleção Brasileira) quando rodeada por quem amava teve uma parada cardíaca e se foi... Deixou-nos tristes e com saudade, mas antes de qualquer coisa orgulhosos por termos tido a avó mais linda que o mundo já viu, por não tê-la mais comigo e por não ter mais conselhos como os dela agora eu choro mais uma vez... Como eu sinto falta de você , não imaginei que me sentiria assim. Obrigado por tudo, te amo.
Chorei por arrependimento, chorei por alegria, chorei por emoção, chorei por raiva. Chorei. Choro. Chorarei sempre que alguma coisa tocar meu coração de maneira tão forte que não seja possível controlar meus sentimentos impedindo que eles se externem por meio de lágrimas. Tornei-me suscetível ao perdão, aos poucos aprendo que, ao contrário do que se pensa, ele só nos engrandece. E agradeço por cada um de vocês me ensinarem como ser uma pessoa melhor. Amo muito os que fazem parte da minha vida e consequentemente do que eu sou e um dia vou ainda me tornar. Tudo do que preciso é amor.

Narrativa 1, 5.

Voltando à mesa, os pais não desconversaram, mas não fizeram questão de deixar claro sobre o que tinha conversado. Quase em coro os dois disseram: “Nada com o que deva se preocupar, por enquanto.” Isa estava acima de qualquer uma dessas pseudo-preocupações no momento, só queria seus pais como sempre foi, e nada mais. Conversaram sobre escola, trabalho, garotos, cinema, música e sexo; como todos pais deveriam (ou não) fazer. Alternando momentos sérios e sorrisos, momentos tensos e descontraídos, foi uma noite que não seria esquecida tão facilmente. Pouco menos de 3 horas, e já estavam de volta. Isa, cansada como de costume, deu um beijo de boa noite nos pais, e subiu ao quarto, colocou o pijama, pegou seu iPod e o colocou em cima da mesinha que ficava ao lado de sua cama, escovou os dentes e pegou o celular na bolsa, ficou surpresa: uma mensagem de Pê. Mesmo sem ter aberto o sms, já chorava compulsivamente, havia um tempo que não se falavam e não esperava mesmo que ele mandasse um sms lá do Canadá; e nunca se cansa de se surpreender com Pê. Criou coragem, clicou e abriu a mensagem. Curta e direta: “Temos o que conversar, te ligo amanhã.”. Não sabia o que pensar. Tentou conter as lágrimas, que diferentemente de 5 min atrás, não eram de felicidade. Mas não era possível conter-se a felicidade e muito menos a dor que sentia, que se juntava a insegurança e antes disso tudo: o medo. Chorou até o momento em que, por pena talvez, seu corpo se desligou, dormiu. Isa não aguentava mais chorar, mas de certa forma não queria que isso parasse. Consome-se, mas dá forças; de tudo um pouco tira, mas em troca dá amor e memórias que fazem sorrir, sonhos que se realizaram, um futuro lindo, mas nada é certo, e faz sofrer. Se lembrava, mesmo nos sonhos, de que tudo parecia ser muito mais pessoal do que realmente era. Não tinha mais noção se seu caminho era traçado em duas vias que, juntas seguem para o mesmo destino, ou se ao longo do caminho se separaram estradas que em determinada situação se quebra em abismo. Separa-se a vida, perde-se a razão de se amar. Algo não se encaixa. De nada sabia, e as lágrimas questionavam o que não se deve questionar. Procurava-se razão para o que não sabia; mas não sabia que de Pê nada dependia, não se faz nada contra a força do que tem nas mãos as rédias do universo. Se as linhas se escrevem por linhas mais do que retas, fica fácil de se entender e difícil de se aceitar. Tudo isso se passa pela cabeça de Isa, mesmo sem perceber ou saber a razão. Seus sonhos ansiavam pelo amanhã, o amanhã se sentia atraído pelo desejo de que sua face brilhasse na vida dos dois apaixonados.
Não como normalmente, nem Isa aqui no Brasil, ou Pê no Canadá tinham motivação para sorrir sem saber porquê. Pê, assim que chegou em casa, sentou-se na cama, pegou seu celular, digitou no telefone o número de Isa, mas exitou. Parou por 5 minutos, tentando redigir um texto em sua mente e facilitasse a sua vida, pelo menos enquanto ainda a tivesse. 

Narrativa 1, 4.

Já não era compreensível a dor de ter perdido e ao mesmo tempo ter conquistado um amor tão querido e esperado. A redundância do passar dos dias e a coerência com que a amplitude de sensações a encobre cria uma atmosfera onde o desespero é o oxigênio que se necessita para viver. Não poder tocar o rosto, se enrolar nos cabelos, se perder nos beijos, o que lhe sobra é o perfume da blusa esquecida no canto do quarto, que em sua insignificância se fez grande, e nas mãos de Isa, virou amuleto; quando não se tinha mais o que chorar e os braços da mãe ou as palavras do pai não eram suficientes, subia ao seu quarto, se jogava na cama, tirava a caixa que estava cuidadosamente colocada perto de um dos pés da cama e descobria a blusa, a apertava como se ali fosse Pê, que lhe direcionava o sorriso mais lindo de todos. Mas não. Nem de perto isso faria Isa se sentir melhor por mais que 30min, maldita “morfina” que lhe cabia agora, nada mais.
Mas não só de sofrimento se perdia. A única razão de felicidade, ele, ainda a motivava.
Uma tarde, após algumas das rotineiras provas, chegou mais cedo em casa, viu que a mãe, meio cabisbaixa, conversava no telefone de uma forma óbvia que “dizia” que não queria ser notada. Sentou-se e apenas assistiu, por mais que não conseguisse ouvir nem uma simples frase. Mais ou menos 15min depois, levantou-se Patrícia da cadeira de madeira em um cômodo mais escuro da casa onde se encontravam alguns dos livros preferidos por ela, procurava algo que secasse suas lágrimas, e assim o fez com um lenço. Isa foi a cozinha, ainda com a bolsa (uma daquelas que toda menina usa ultimamente: grande, bagunçada e chamativa) dando a entender que acabara de chegar. Tentando esconder o nó na garganta por ter choramingado por um tempo, levantou a voz, perguntou: “Filha, como foi seu dia? Papai tem uma reunião aqui por perto, pensei que pudéssemos sair para jantar, há algum tempo não fazemos isso.” Isa não exitou, respondeu que sentia saudades de tudo que viviam como família, disse que ajeitaria as coisas no quarto, tomaria um banho e logo sairiam ao encontro do pai em um restaurante que frequentam desde que Isa era pequena. Demorou 1 hora para que Isa ficasse pronta, saíram então. A música que tovaca no rádio do carro era a que mais lembrava Isa do tempo que, quando ainda criança, cantarolava músicas em inglês, tentando se parecer cada vez mais com a mãe, lembrando disso as duas trocaram olhares e se entenderam perfeitamente, sorriram.
Chegaram, lá estava seu pai, Márcio, todo trajado de uma forma que buscava agradar a quem lhe pagava o salário. Isa correu para abraçá-lo como há muito não fazia, e ele sorriu, como fazia constantemente. Talvez, fosse o pai que todos gostariam de ter, atencioso, carinhoso... enfim, perfeito. Patrícia trocou olhares com Márcio, e se entenderam só por isso. Sentaram-se os três a mesa, pediram algo para beber e logo em seguida se escusaram por ter que conversarem rapidamente em particular, Isa não ligou. O assunto parecia ser de suma importância, algo estava errado no Canadá, onde Pê fazia seu intercâmbio, nada mais do que isso sabia, e Isa não fazia ideia que muito poderia mudar a partir do momento em que tudo se fizesse revelado. O telefone era um prenúncio, do nada tudo poderia mudar. Talvez, grande obstáculo que um fim desse a tudo.

Amor?

Quando a vida é vivida intensamente dia após dia, semana após semana e consequentemente mês após mês significa que o que corre por suas veias e te faz viver é o amor. Não importa tanto o que se faz mas sim a forma com que tudo é feito. Não é em seu próprio bem que se pensa, tudo passa a ser feito de um outro ponto de vista e assim o "eu" passa a ser "nós" e "nós" é tudo o que importa. Situações simples que usualmente são vividas de forma solitária passam a exigir a companhia de quem pertence seu coração; por vezes se sente sozinho mesmo quando está rodeado por seus amigos mais queridos e nada seria capaz de, naquele momento, preencher o vazio que ela(e) deixa quando não estão juntos. O que mais deseja é estar junto nem que seja para tentar ensinar física ou somente olhar para o céu e desejar que vocês dois flutuassem juntos até sumirem entre as nuvens, deitar na grama com suas mãos sobre o peito dele buscando proteção, sentar em um banco embaixo de uma árvore de frente para ela e dizer o quanto ela é linda, qualquer momento junto passa a ser especial, único e antes de tudo inesquecível. Amar muda a vida, a vida só se justifica no amor, o amor faz feliz e a falta dele machuca mais do que qualquer doença, quem tenta viver sem amor perde a vida sem nem chegar perto de saber o seu real significado. Eu fui feito para amar e por mais que você talvez não saiba, foi feito pela mesma razão que eu.

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O amor é naturalmente sentido e de forma não humana tenta-se explicar o que o causa e o que ele causa. Já não procuro mais respostas, só digo o que sinto quando vivo o mais intenso dos sentimentos que já me ocorreu.
Logo pela manhã, só de ver que você está ali, já me entrego e desarmo qualquer barreira que talvez pudesse ter existido e porventura impedisse que nosso tudo acontecesse, como sempre acontece, só entre eu e você.
E só à você me entrego, como nunca antes; só à você meus beijos pertencem, e só você faz cada um deles significar “te amo”. Na segurança do seu abraço, quando meus lábios se completam nos seus, só ali meu sorriso faz sentido, não há nada entre nós que me impeça de dizer que você é o que me completa e me faz feliz, mais do que feliz, me faz sentir vivo, dá razão para cada segundo que tenho que viver aqui já que “Para tão longo amor tão curta a vida”.
Digo que te amo, mas de tão linda que é acho pouco o meu amor. Quando sussurra em meu ouvido “te amo”, algo em mim se torna maior que eu, não há lugar no universo que possa conter nosso amor; como se não houvesse explicação, a emoção toma conta do que antes me era físico, sinto na pele o amor que já por inteiro te entreguei, e me entrego. E mais uma vez sou teu, por inteiro sou só teu. Como se um mar de rosas me invadisse soprando amor, onde antes só havia um coração de carne agora há mais do que qualquer homem possa imaginar. Não há nenhuma outra maneira de dizer que te amo a não ser dizendo que à você de novo me rendo.
Estando com você já sinto saudade. Minhas palavras serão sempre imprecisas e incertas já que a cada momento que passa te amo mais, não há como dizer o “quanto” te amo. Há pouco tempo para você e eu, tal essa que é a razão de sentir saudade tendo você ao meu lado. Nunca será suficiente o tempo que passo com você, te quero mais, sempre e sempre. Preciso de você, você me faz uma pessoa completa. A gente se completa. Meu sorriso se desenha sobre o seu. Minha mão se encaixa na sua e só. Seu perfume faz meu amor novo, seus beijos me prendem, seu abraço me conforta e “nós” acaba por ser a razão de tudo isso, só eu e você, de nada o resto me importa. Eu te amo.

2ª narrativa, 1.

Acordou pelas 7am de um sábado, mesmo sem saber porquê, vestiu uma roupa que o fizesse parecer mais importante. Foi a cozinha, abriu o armário, pegou o pote de café, tirou um coador daqueles de pano, que o faziam lembrar do interior de tudo, onde viveu sua infância e preparou seu café. Serviu-se de pão e tomou seu café, como sempre fazia, enquanto lia as manchetes de jornal só para se distrair, sem dar muita atenção para os dados que diziam o que pensar, afinal, isso não mudaria muito sua vida. Desceu as escadas que o levariam ao estacionamento do prédio onde morava, percebeu que deveria ter pego uma blusa, mas mais uma vez não faria tanta diferença, foi ao canto mais escuro do lugar, onde estava sua bicicleta, e como se fosse um gato entre cachorros, estava lá sozinha e acanhada entre os carros que vomitam CO2 , nem correntes ou cadeados eram necessários, ninguém nos dias de hoje quer uma bicicleta daquelas sem marchas com um banquinho solidário atrás para aquele amigo folgado que nunca quer andar 2km até sua casa.
Saiu pela rua com os fones em seus ouvidos, escutava o que classificava como música, The Beatles. Virou duas ruas a esquerda, e deu de frente com a avenida principal que sempre desafia as humildes e inofensivas bicicletas, 50min desde que acordara já tinham se passado, e ainda não tinha notado que era sábado, e que não tinha que ir trabalhar. Fez o caminho que sempre faz, 5km rápidos e limpos de CO2, caminho habitual de poucas curvas, só percebeu que não sabia o que estava fazendo quando avistou o parque que fica em frente ao homérico prédio onde trabalha, andou mais 200m e encostou a bicicleta em um poste na calçada, colocou a mão no bolso, tirou o celular e olhou a data: 1º/09/2001, um sábado. 8Am, agora que tinha percebido que não tinha a obrigação de subir os 15 andares, sentar-se na mesa, ligar o computador e ler todos os e-mails que tinham a intenção de fazê-lo se sentir inferior, decidiu que atravessaria a passarela em direção ao parque, sentaria em um banco, e ficaria confortável com o tudo e o nada que é, simplesmente quieto. Fez o que queria, sentou-se no banco, e sem se importar com as horas que demoravam a passar, sob a sombra de uma árvore centenária observou a forma com que cada um vivia os momentos em que podiam idealizar os próprios caminhos, e suas decisões eram 100% suas, e não buscavam agradar a ninguém. Em pouco tempo, uma pergunta saltou a seus pensamentos, e todos se perguntam isso a todo momento de suas vidas mesmo sem perceber; só queria saber se vivia cada momento como deveria. Ninguém, nunca sabe, quando vai ser seu último abraço, seu último “te amo”, mas para ele isso não parecia um grande e atormentador problema. Já não faria diferença o que havia sido feito. Só queria viver da melhor forma, partindo de agora. Não há nada que se faça e que mude nosso destino que quase nunca nos é revelado antes que tudo aconteça, é necessário, mais do que nunca, viver e ver para crer.
Passou a manhã no banco, e tinha presenciado momentos suficientes para escrever um livro. Só não achava que alguma coisa mudaria sua forma de pensar, mais uma vez. Nada parecia grande o suficiente para que sua mente fosse mudada, algo muito profundo já havia coagulado algumas áreas de sua razão e de seus sentimentos. Não havia razão que mudasse o quão conformado estava com a “realidade”, não a sua realidade. 


PS: ainda não terminei a primeira narrativa do Pê e da Isa. 

Shakespeare

Quando na crônica do tempo que passou
Eu leio as descrições dos seres mais formosos
E as antigas rimas que a beleza embelezou
Para louvar ou damas ou homens garbosos,
Vejo que no melhor da doce formosura,
Em mão ou pé, em lábio ou fronte, ou 
num olhar,
Uma 
beleza tal como a que em ti fulgura
Foi o que a pena antiga ambicionou mostrar.
Assim, todo o louvor é apenas predição
Do nosso tempo, pois tão-só te prefigura,
E como o antigo olhar foi só 
divinação,
Não pode levantar seu verso à tua altura.
Mas nós, os vivos, que podemos te admirar,

Não temos palavras que te possam celebrar.
por William Shakespeare
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"Acho que ele era apaixonado pela Jade." 
Te amo.

Narrativa, 3.

Os dias se passaram, e até que as férias de inverno em julho (pelo menos por aqui) se acabassem, todos os dias trouxeram algo que aumentasse a certeza, para ambos, do que acontecia entre eles. Pê tinha que partir daqui, o lugar que mais amava, e voltar aos estudos. No Canadá. Talvez a parte mais difícil fosse deixar Isa aqui, que tanto lhe fazia bem. Fez suas malas, colocou no carro de seus pais. Comprou flores, colocou em cima da cama e deixou um bilhete. Mas antes que Isa pudesse chegar ao quarto, os dois se encontraram no corredor após a escada, com lágrimas nos olhos os dois se abraçaram como se fosse a última vez, e sem dizer nada foi dito “Eu te amo, e vou sentir muito a sua falta” só em seus olhares, Pedro virou as costas e desceu as escadas, subiu no carro e viu que na janela do quarto principal Isa chorava segurando as flores que tinha deixado em cima da cama, Pê sorriu, e com as mãos fez um coração. Isa não teve forças para responder, virou as costas se deitou na cama e chorou pelo resto do dia. Adormeceu antes que percebesse que não estava em sua casa.
Acordou no dia seguinte, assustada, lembrou de pegar o telefone e dizer a seus pais que estava tudo bem e que voltaria para São Paulo naquela tarde. Pê e Isa se conheceram em Atibaia, quando ainda não sabiam o que era o amor. Foi para a rodoviária, sentou-se e ligou seu iPod no shuffle, a música que primeiro tocou foi “Two is better than one” - Boys like girls, não havia outra música que pudesse tê-la feito chorar. E chorou. A curta viagem de menos de uma hora, tornou-se a mais longa de sua vida e a cada lágrima que caia uma memória se estampava na paisagem que avistava pela janela. Pensou em pegar o celular e mandar uma mensagem, mas logo em seguida lembrou-se que Pê, a essa hora, já deveria ter percorrido metade de sua viagem.
Sentir falta e não pode tocar, desejar e nem ao menos poder sentir, amar e não poder realmente realizar o amor, foi a isso que as semanas seguintes se resumiram. O tempo passava e parecia que nada substituiria aquelas semanas de Julho. A saudade cresce e não diminui, como se espera sempre com o passar do tempo; e as memórias não se apagam, se fortalecem a cada vez que são desenhadas no pensamento; o dia 25 de julho foi o último que estiveram juntos, já era 29 de agosto e parecia que pouco tempo passara, afinal, janeiro de 2011 era a data marcada para que Pê voltasse, e parecia que nunca, nem em seus sonhos, chegaria. Isa caminhava sem destino pelas ruas de seu bairro, ouvindo sempre a mesma música; seus pensamentos sempre perdidos nas voltas que o cabelo de Pê fazia, e seus olhos verdes pareciam murchar e perder o brilho, como se não houvesse motivo para que eles brilhassem. Viver sem ele era como não viver. O que fazia seu coração quase parar era a forma que a saudade consumia suas forças, nada parecia ter sentido, e tudo apontava para o mesmo caminho “it's true that I can't live without you”.

Narrativa, 2.

A noite veio, as horas se passaram, e assim que acordou, Pedro foi em direção à cozinha para montar a mesa do café da manhã. Pela janela na frente do balcão da pia, via que os pássaros voavam alegres e que o sol parecia sorrir, o azul do céu era o mais forte que já tinha visto, e a água da piscina ao lado era convidativa à um mergulho. Decidiu que faria o próprio pão, e tinha certeza que o tempo seria mais que necessário, já que Isa deitada tinha a feição de um anjo e parecia demorar a acordar. Foi a padaria, comprou os ingredientes e uma forma diferente já que a ocasião exigia. Em menos de 20 minutos preparou a massa, e a levou ao forno. Receita antiga de família, exalava algo que lembrava amor, como tudo naquele dia também o fazia. E certamente o motivo de Isa acordar pouco antes do esperado era o que o pão no forno exalava. Levantou-se e procurou de onde vinha o cheiro, desceu as escadas e viu Pedro concentrado, e sem fazer muito barulho, sentou-se na escada e só observou cada movimento que ele fazia, e tudo a encantava, em seu pensamento disse: “É como se cada movimento que ele fizesse fosse aumentando o que sinto, já não sei o que fazer, vou sentar e assistir até que algo que não depende de mim aconteça e nos leve para aonde devemos estar.”
Mais ou menos 40 minutos esperando, e enfim, tudo estava pronto. Pedro virou-se em direção as escadas, e Isa já tinha voltado para cama esperando que fosse acordada com um beijo. Antes de chegar ao quarto, Pedro parou em frente ao espelho e jogou seu cabelo para todos os lados como fazia de costume, os deixando bagunçados e de uma forma cativante, enrolados. Isa, como toda mulher, assim que acordou foi ao espelho, e nada era necessário se fazer, tinha o rosto mais delicado e amoroso que uma mulher pode ter. Seus cabelos ondulados nas pontas, que tocavam o meio de suas costas, tinham a cor negra que realçava o verde de seus olhos e fazia um contraste perfeito com a brancura de sua pele. Sem fazer muito barulho, caminhando na ponta dos pés para que o assoalho de madeira não rangesse, se aproximou da cama, afastou o cabelo do resto dela, e com um beijo sutil a acordou dizendo “Bom dia, linda!” , antes de dizer qualquer coisa, Isa o puxou para cama, e segurando seu pescoço sorriu como nunca antes. Trocaram sorrisos e olhares por um tempo, Pê (como era chamado por Isa) se levantou e em seguida pegou Isa no colo e a disse “Tem um café da manhã nos esperando lá em baixo. Eu te levo até lá.” Primeiro dia – juntos – e tudo já parecia intenso como o calor que os aquecia e tão puro quanto o branco da neve recém caída do céu.

Narrativa, 1.

E se o sol nasce, e as plantas florescem, se a chuva cai, e o céu anoitece, logo lembro que nada faria sentido se não fosse com você que eu visse tudo isso acontecer. Encostado na parede do quarto, ouvindo algo que me lembre aquele dia perfeito, nem me lembro qual a função de todas as outras partes do corpo se não o coração, que foi designado de forma toda, para te amar. Voltei meus olhos para nosso retrato, que guarda meu sorriso, que só se torna completo se você sorrir também. Não me lembro muito bem, mas caminhei pela varanda do quarto, desci os três pequenos degraus, coloquei meus pés descalços sobre a terra, e me apoiei aonde pudesse ter sustentação suficiente pra que se adormecesse pensando nos seus olhos, no seu toque e nos seus cabelos, eu não caísse.
A primeira imagem que veio a minha mente foi aquela, do nosso último abraço, naquele ultimo inverno. Agora, já não posso mais te tocar, e dizer pela primeira vez que o que sinto por você é muito maior do que você imaginou naquele ultimo momento. Espero que meus olhos tenham sido o mais sincero que jamais foram, e que a forma que te toquei tenha expressado o amor mais puro e verdadeiro da forma que queria. Se eu pelo menos soubesse... Já não posso lamentar o que passou, só quero fazer valer o amor que sinto.” -disse Pedro.
Depois do fim dos parágrafos que tinha escrito e posteriormente lido à alguem que realmente fosse dar atenção a todo sentimento que foi colocado ali, caiu a lágrima que manchou as palavras do começo do texto. A resposta não teria como ser mais direta:
Acredito no seu amor, pois da forma que a amou, sei que hoje te amo.” E segurando em suas mãos, passando segurança e conforto, o beijou.
E talvez dessa forma, uma história nascesse. Não só de Isa para Pedro, mas de tudo que os envolvia. O tempo passou devagar, e enquanto os dois estavam abraçados, a única coisa em que pensavam... não, não pensavam. (...)

Amor, por Jade Marinelli

Difícil falar de amor. O que se sente, não se explica. Consome-te, domina. Faz sofrer, faz sorrir. Machuca, transforma. Passar por isso? Todos nós iremos.
Bom? Ruim? Os dois simultaneamente. Acontece. Mesmo que pra isso seja preciso matar dragões, atravessar oceanos, tomar uma poção mágica. E se acontece, tudo perde e ganha sentido. A música, a poesia, as cores, os perfumes, o calor.
Amor é vida, amor é morte. Sofremos pela distância, pela falta, pela perda, por um sentimento não correspondido. “Me vejo vivo morrer”, diziam. E sempre foi assim, sempre será.
Todo amor só é grande se for triste”. Se sofrer significa amor grande, verdadeiro, quero sofrer mais. Quero amar mais. Quero sentido nas coisas e quero que as coisas não tenham sentido. Quero sorrir, chorar, abraçar. Quero mais, muito mais.
Quero aquele amor de filme, amor de livro, amor de poema. Sem erros, insegurança, onde tudo é simples e único. Não é bem assim. Complicado e difícil, fácil de se sentir, impossível de compreender, inimaginável tal explicação. No final, tudo valeu a pena, pois em pelo menos um único momento duas vidas se tornaram uma só e tudo esteve completo.
Se vivemos de incertezas, quero morrer com a certeza de que amei e fui amada. Todo mundo entende do que eu falo. Quem sentiu/sente o amor sabe que explicação nenhuma isso requer.
Sem procurar explicação para dor e para força que se encontra ao superá-la, aceitar e dizer que se é necessário passar por isso. Morrer no viver e viver em morrer, como se só para isso fossemos criados, para amar. Se amar for viver, quero viver amando, só para que meu ciclo de vida seja você e eu, e que assim seja para todo o sempre.


08//08/2010

Jade Marinelli  e Matheus Lima

Aliança, promessas e enfim justiça.

Só queria que todos nós, pois é, todos nós, um dia pudéssemos ver que a vida é muito mais do que nossas retinas mostram. O que se vê é apenas um fator que limita, e só por vermos diante de nós, acreditamos que seja a maior e absoluta verdade. A verdade não é feita só do que se vê, mas sim do que se faz e do que se sente. A imagem que vemos limita os sentimentos e dispersa pensamentos, os quais são essenciais para que um dia cheguemos perto de compreender como se deve viver. Todos nós vivemos para só entender o significado da vida no momento em que nosso ultimo fôlego nos provará que tudo deveria ter sido feito de uma maneira mais justa e leal. Leal antes de tudo com nós mesmos, e só assim, poderíamos ser leais com quem nos rodeia e faz da nossa vida algo melhor de ser lembrado, do que prazeroso de ser esquecido. Todas impressões que temos através dos olhos, de pouco valem se forem tudo que nos impulsiona ou estagna. Limitados muitos de nós somos, e até eu, de nos deixar levar pelo que parece ser; deixar-te conhecer pelo que dizes e pelo que pensas deve ser primordial, afinal somos feitos não de olhos verdes, cabelos morenos encaracolados, um perfume caro, uma blusa que estampa uma grife importante, um tênis que chama atenção, aparelhos eletrônicos que ao serem seus já não são mais úteis. Do que me é útil tudo que aparenta ser bom, se não sei o que fazer com tudo que tenho? Do que adianta ter, e usar para sentir-me superior a merda nenhuma? Do que te vale ter mais do que eu, se nada faz mais para mudar a sua e as nossas vidas? Enquanto eu tiver um lápis, e algum lugar pra expressar o que sinto e penso, me considero importante o suficiente para continuar vivendo no meio de quem muito não me quer e nada que me valha tem.
Vou viver para fazer justiça não só para mim, para você que me esnoba, e também pra aquele que um dia talvez me dê glória. A justiça só será alcançada através da perfeição e da harmônia do que penso, digo e finalmente executo. Vou fazer de tudo para que tenha o necessário para fazer sorrir, chorar/emocionar e no meu último fôlego quero ter a certeza de que minha vida valeu a pena. Não me importa o quanto necessário seja sacrificar agora, o sangue que eu derramar pode ser suficiente para manchar as águas do mar, e será também a prova de que por meu esforço mudei a minha vida, e meu esforço terá sido por todos que amo e um dia amei. Não quero viver só por mim, só porquê não mereço; amizades que em só 15 anos construí são a prova/base que eu tenho pra me manter forte no destino que escolho agora pra mim. Qual é a sua? Se preferir sentar, e fazer o que bem entender, comece agora, talvez esse seja o meu ou o seu último dia, “se o seu coração parar de bater agora, se você for embora, para onde você vai?” terá valido a pena cada pisada que dera na cabeça de quem te ama? Terá valido a pena cada vez em que cuspiu na cara de seus pais, que te amam mais que a própria vida? E seus amigos, teriam ele sido amados da maneira que mereciam e sempre merecerão? Só faça sua vida por onde a justiça seja um legado marcante. Como já disse, vou fazer da minha vida, a mais justa possível. E a partir de hoje, vou obter armas que me ajudarão, e no final, serão a marca da minha vitória. No final da minha vida, meu esforço não terá sido em vão, porque justifico em Deus minh'alma. “Minha esperança está nas mãos do Grande, Eu sou. Meus olhos vão ver o impossível acontecer.”. Meu Deus é um Deus de alianças, e de promessas, não é homem pra mentir, tudo pode mudar e falhar, mas a palavra dEle vai se cumprir. A justiça divina que esteja com todos nós agora, e para sempre. Amém...



04/08/2010



Memórias.

The world moves on, you're just another one”, não é bem assim que é a vida. Memórias vão sempre fazer parte do que somos hoje. Como se fosse uma das tramas que formam o fio da vida, que de fato é a única coisa que pode dizer o que você realmente é, o que tem formado seu caráter. O que vivi marcou minha vida, e tenho aprendido a separar as pessoas dos fatos que condizem a cada uma delas. Não é fácil quando o cheiro, uma frase, música, saudade do abraço, ou só o fato de eu ainda respirar, me faz lembrar delas/deles que marcaram o nome em meu coração; amigos. Os que marcaram por amor e ódio, ou por serem inesquecíveis e em um piscar de olhos foram esquecidos, para a vida toda e de repente se foram. Nunca foi falso, nenhuma das palavras de amor e carinho, conselhos, horas no telefone, conversas no MSN que poderiam ser livros, textos, músicas como significado e espelho da amizade, cartas, brigas, tudo foi tão real que hoje alguns momentos da década passada ainda são nítidos e são “vividos” em minha mente, muitos jamais serão esquecidos. Cada abraço marcante, ou todo abraço que deixa marca, todos abraços, são amor que pôde ser visto e só compartilhado entre nós dois, e ainda não acabou. Amor irradia como o sol, ilumina, aquece, faz-se poesia, motivo para ainda querer viver, não só para quem sente, mas sim a todos que um dia já viram de perte, ou pelo menos a sombra do que é o amor.
Só não aprendi e ninguém, como não “produzir” memórias de tudo isso. Para parar de deixar memórias deveria recusar abraços, evitar música e poesia, ignorar que não é possível viver só de “pão e água”, há mais do que esse alimento, a alma clama por música e pela poesia da vida escrita a cada dia. Aceito viver sem o ar que me rodeia, mas não aceito nunca deixar de fazer meu caráter, fazer e montar o que eu sou, e serei. Memórias...

09/06/2010

"Vale a pena acreditar no sonho que se tem"

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã... Mais uma vez, eu sei.” , se essa afirmação fosse a confirmação de dias melhores e vida bela, esse texto não teria o mínimo sentido. Palavras de uma música que pode descrever como tenho me sentido, e como tem sido a vida ultimamente. O nascer do sol é a confirmação de que mais uma chance nos foi dada, então aproveite que o sol ainda brilha e o sangue ainda corre por suas veias para fazer tudo de uma maneira melhor, que te faça feliz da maneira que você realmente é, faz o mundo alegre desde que seja tudo da sua forma. Sorria com sinceridade, a todos que de fato são razão para sorrir. Ame sem medo de ser feliz ou de ser magoado, antes de tudo “confie em si mesmo” e se faça amável. Importe-se com quem merece, e faça os que não são importantes tornarem-se parte de sua vida. Aceita as diferenças que não são suas e convive com as que te fazem o que é; da forma que elas merecem, sem suas próprias características sua face se distorce, irreconhecível. Constrói seu caráter com tudo que há de melhor no mundo; poesia, flores, música, amizade, carinho, junta tempo só para você, passa mais tempo com seus pais, aproveita a “juventude” de seus avós... família!
Sem medo faça tudo que é atingível, e acredite no inalcançável; faça dos seus sonhos a realidade, e de sua trise (e antiga) realidade o passado que já não lhe atormenta mais. Você é sim o “diretor” da vida que Deus lhe escreveu, de tudo há um pouco que você deve fazer, há muito também que é feito agora que com muita dor será lembrado, em breve. Não faça o que gera arrependimento, o orgulho do que por você foi feito é infinitamente maior do que o “prazer” que talvez sinta agora, “selvagem”. Arrependimento não é legal... Dói tanto quanto flecha no peito; deixa só como desprezo; faz vontade de morrer, desgosto pelo próprio ego; corrói como ácido; queima como fogo; lágrimas... Viver e deixar suas marcas, amando e sendo amado, falando e sendo ouvido; confiando... Viver junto é viver a vida de verdade! Viver sozinho é como sofrer... “É impossível ser feliz sozinho”. Transforme-se.

11/05/2010

*Frases em ítalico são de Renato Russo - Mais uma vez

I want my life again...

A vontade de “nada” com o passar do tempo, me consome. Fazer (estudar, tentar, lutar) sem saber se é útil para meu propósito, me irrita e desmotiva. O que, para quê, porquê; não preciso, e nem quero respostas, meu sentimento é de que não me encaixo em nenhuma dessas direções que tudo me leva a seguir, revolta. O que deveria ser, não é o que sou; a ideia de que possa ser o contrário disso não passa por minha mente, e se um dia passasse, logo seria esquecida. Não estou aqui para aprender e aplicar, e perder 100% da minha vida dessa forma; tenho muito mais o que viver... Não me encaixo no contexto dessa época, quero não precisar do que me oferecem, só por realmente não precisar. Não quero números e fórmulas que moldem meu humor hoje, e muito menos conceitos que são juízes e comandam minha vida. Não é isso que me fará feliz, ou melhor que alguém. Ser aprovado no vestibular parece não afetar meu destino, só quero ler/escrever/ouvir/falar para ser feliz. A busca pela eficiência acadêmica virou obsessão no meu cotidiano, menos para mim.
Quero independência de pretextos para sorrir e ser feliz, o meu mundo é diferente de tudo isso. Não quero que tudo mudo só por causa de minha “falta de normalidade”, ou quero fantasia real de um lugar onde eu, você, e todos possam ser felizes em suas próprias maneiras, sem padrões de tudo, e talvez sem controladores e controlados talvez as lágrimas por todos nos derramadas tornar-se-iam mudança.
- Mas eu não quero conforto. Quero Deus, quero a poesia, quero o perigo autêntico, quero a liberdade, quero a bondade. Quero o pecado.”
Tudo deveria ser re-feito. Tudo mesmo. Um apocalipse e talvez “mais um novo Gênesis”.
Só a tentativa de fazer diferente já mudaria tudo, tudo que já foi vivido deveria ser jogador no lixo, da mesma forma que é feita com os sonhos e com a individualidade ultimamente. O direito de ser o que realmente somos (hilário...) foi suprimido pela vontade da perfeição e pela busca de estabilidade (“Admirável mundo novo” ou algo do tipo). Sentimentos, ideais, ideias, vida, vontade, desejo, e sei lá mais o que são “pseudo-coisas”, cópia do que antes eram, incrivelmente todos sentem e não-sentem falta, só pela falta de coerência, e tempo para mudança. Como disse, nossas lágrimas deveriam ser mudanças, e não só tempo perdido. Não quero nosso mundo para ser o meu, para eternidade. Vou viver diferente.3 anos, mais nada. Quero minha própria vida.

06/05/2010

Stand by me...

Someone to stand by me, put a smile on my face so I must do the same, when I'm “with you” I'm not afraid of anthing... The time runs fast, fast as never before; the first time I'll meet you it's the first time I get to know how love feels (again). Since I love you, some conceptions have just changed.
Não importa o quanto eu tente, nem mesmo que eu escreva todas as palavras, cante todas as musicas, leia todos os livros, declame todos poemas, corra todas corridas, vença todas disputas, viaje à todas estrelas, conheça todos os países, navegue todos os mares, tenha todos os “melhores amigos” do mundo, conte todos os grãos de areia da praia, nada vai me fazer entender e realizar o que eu sinto e quero viver contigo. Nada explica o sorriso sincero em meu rosto, nem ciências que trazem razão, ou experiências que fazem refletir, nada do que digam fará sentido antes de te sentir perto de mim. Faz-me louco por mais que antes vivi, anseio o que sonho junto, imagino o que talvez sonha, busco o brilho dos seus olhos como uma mariposa busca a luz do sol, antes de tudo. Não faz sofrer, angústia que me segue, motiva. Não faz tristeza no silêncio e frio que congela à noite, mas esquenta como chama intensa. O que sorri meu sorriso é causa sua, o que me faz feliz é sorriso seu. Razão, motivo, caminho, vida. Vida amor, poesia, música. Música, inspiração. Inspiração, razão. Falta de ciclo, amor. 


20/05/2010

All the small things.

Quero te amar, poder sentir teu toque, momento só nosso! Como se as 22h50 o tempo parasse e nossa eternidade fosse real. Quão bom sentir seu amor, nem que por enquanto as palavras apenas sejam... quero te sentir, agora! Ah, sê real, do nosso sonho quero fazer a realidade, desenhada como se fosse uma pintura, esperando para ganhar vida. Sonhar com o brilho dos seus olhos, me perder nos pensamentos. Diferente meu sorriso quando direcionado à você, quando você é minha razão... Tudo para mim, agora.
É necessário fazer de tudo isso, o que é necessário para seguir, me faz bem de forma diferente, como nunca. Faz meu rosto sorrir mais uma vez. Quero te fazer feliz, da mesma forma que me faz, sem medo de errar, acredito. De tudo que for possível farei para manter intacto o amor. Diferente de tudo que já fiz. Tudo que queria como liberdade, acontece de forma natural, não esperava – confesso. Feliz me faz....

29/03/2010

My World

O que ainda me faz querer viver, é o fato de não saber que fim será chamado de meu, ou nosso; se dependesse mais de mim do que dele, o amor, eu talvez já tivesse desistido. Mais uma vez cansei, de tudo. Não quero ter que ouvir o que me destrói, e também não quero aceitar que estamos nos destruindo, por “vingança”, como naquela coisa que foi chamada de lei “olho por olho...” .
O anseio por querer ser sempre mais do que realmente é barra a sociedade. O crescimento e o avanço tecnológico acabam criando o retrocesso racional/emocional e por fim sociológico. A geração seguinte vai ser sempre responsável por “limpar” o que a geração dos atuais deixou, e os velhos sempre serão mais sábios e sempre os jovens irresponsáveis. Quem vive hoje nunca acompanhará anseios do século passado, e nem os velhos aceitarão a evolução da antiga realidade. Mas nem velhos e muito menos jovens são isentos da culpa pelo rumo que estamos tomando. O individualismo se esconde nas barbas de velhos, que nada mais do que a sua obrigação fazem quando tentam dar o suporte para que nós tentemos mudar o que antes de errado foi feito, erram muito quando dizem que são velhos e que agora de nada e para nada nos servem, e de certa forma acabam por desistir de reconstruir, e nem mesmo mantém o que construíram com tanto custo que eles mesmo pregam. Apontar o dedo em nossas caras, livrando-se da responsabilidade é muito mais fácil do que tentar de maneira sensata dizer (pelo menos) o que não deve ser feito, já que o que foi feito é errado e o certo ninguém sabe e é capaz que nunca saberá. Nunca vi, e poucas serão as vezes que verei um velho dizer “Sagaz de sua parte, jovem...” o velho ego é maior que a extinta humildade, os dois antagônicos e complementares pontos que nem de perto foram cuidados da maneira como mereciam por nenhuma geração. O pouco de moral que sobrou com velhos, é esmagada e cremada pela juventude que reina absoluta (ah tá...). O mais forte dos sentimentos vem sendo sacrificado, e por sua vez também já foi posto na cruz...
O amor que ressuscitou é a razão que tenho para viver, no final é Ele que ainda estará comigo. Minha felicidade depende dele e é para ele. Caminha comigo de mãos dadas, com você só se assim também quiser. O mundo nunca mudará o amor, mas o amor sozinho talvez um dia mude o mundo.

30/04/2010

Um simples gesto...

Em 2010 sou mais racional, menos corajoso. “Sei que nada sei” e talvez por isso penso mais antes de agir. Pensar já é agir, antes nada fazia, ou só fazia por fazer, inconsequentemente. Medo do que minhas escolhas causam, e ainda causarão. O primeiro passo para meu futuro parece (pela primeira vez) se desenhar de forma explícita e bem na frente de meus olhos. O tudo ou o nada que antes fiz e consegui corrigir, hoje talvez seja irreversível. Meu mundo é mais racional, não no campo Racional x Emocional, mas sim em saber o que e porquê faço. Já não busco mais razão para viver, talvez eu esteja procurando um motivo para me apoiar e culpá-lo por tudo, já sei muito dos “porquês” que antes tinha, hora de usá-los à meu favor? Não... à nosso favor. ~

Nem sempre o “certo” será a base de minhas atitudes, não por vontade minha, mas só por ser assim. Nem o mais certo, ou o mais errado, só adequado. Pessoas novas, situações novas, “experiência” nova, vida nova, atitude nova, é hora de mostrar o que e como eu sou. Mostrar que não tenho o mesmo molde que 60% dos que fingem viver ultimamente. Nem mais maduro, ou o mais “criança”, só mais responsável. Fazer por fazer como criança, não mais; ter medo de arriscar como um adulto que de tudo um pouco sofreu, menos ainda. Não só fazer parte dessa nossa história, mas ser lembrado como alguém que lutou contra o comodismo na época em que sedentários obesos de seus próprios egos, comandam quem sempre manteve (e em suas mentes, sempre manterão) o reino de luxúria, gula, avareza, dentre outros “pecados”. Saia dessa toca que limita sua visão, muda o “mundinho” que lhe foi mostrado como absoluto. Escreve seu nome na lista dos que fizeram diferença, não me importa a escala; muda sua vida, sua casa, sua família, seu bairro, sua cidade, o estado, pensa assim e talvez um dia uma multidão te siga e faça sua voz ecoar, e assim mude o mundo. O simples gesto de revolução pode mudar o destino de nossas vidas.

Ande e corra como nunca, cante e declame como sempre quis, cruze oceanos como nunca imaginou, passe por cima de seu “medo de escuro” e descubra que esse monstro em baixo da sua cama é só um par de fantasias, vive a realidade, a realidade que você acabou de imaginar.


17/04/2010

Você, minha rotina

Quero mais família, mais amigos, amores, dias, primos, flores, música, futebol, sono... tudo que me faz bem. Quero mais você, e mais “eu” também; quero eu e você juntos; e muito, muito mais tempo para te amar. Quero ter menos inimigos, menos preocupações, decepções, discussões, derrotas, aulas intermináveis que nada me acrescentam! Quero menos barreiras, distância, desconforto, pressa, assassinatos, compromissos, agenda lotada; só quero mais tempo para o amor. Não quero mais medo, que me impede de amar; e muito menos coragem, que por muito faz sofrer. Só quero o que me conforta, e me lembra você. S. Quero um campo de girassóis, ou um pomar que me dê sombra; uma praia deserta, que tal um deserto, só se estiver contigo. Quero um cantor de blues ou jazz, que me cante reggae, ou um metaleiro que declame poesias; quero que tudo me contradiga provando que você é o amor que me sustém. Não quero países, nem a guerra de cada um deles, quero paz e liberdade; só para eu e você. Quero correr, pular, gritar, dançar, dormir e depois fazer tudo de novo, só por amar e ser feliz. Quero menos aventuras, e muito mais certezas. Quero me importar com você só, que vale a pena. Quero cantar para quem não quer ouvir, e mesmo assim conseguir um sorriso onde uma lágrima já deixou marca. Quero sofrer para te ter comigo, me consolar. Quero lágrimas felizes/exultantes que me façam sorrir enquanto as seco. Quero menos rotina e mais surpresa; um sorriso inesperado, ou um beijo desejado. Não quero um céu nublado no meu verão, nem sol no meu inverno; só quero você comigo. Quero o chocolate e desejo às espinhas tudo de bom, longe de meu rosto, que pertence a ti. Quero que a chuva me molhe no natal, que o sol me queime em fevereiro, e que o frio aqueça nosso amor em julho... Não quero que a Páscoa/Natal/Réveillon nos renove, só quero que meu amor te sustente, e o seu sorriso sustente meu amor. Quero menos estudo e mais sabedoria, não necessariamente o conhecimento que me emburrece. Quero menos lixo e mais poesia. Quero seu sorriso na manhã, e sua voz carinhosa a noite, você pelo resto da vida. Quero só você para me fazer feliz, se você for feliz comigo, não importa onde. Quero ser feliz, desde que seja com você

Deixa eu te amar.


05/04/2010

Quinze de Março de Dois Mil e Dez

Desconfia, odeia, chuta, machuca, esquece, deixa ir, aceita; mas antes disso olha em meus olhos e diz que já não me ama mais. Não olha, não fala, não escuta, não acredita, machuca, mas antes deixa-me dizer que te amo. Pune, castiga, esqueça, chore, me mate, mas só depois que eu te esquecer. Não faça nada, mas me deixa sangrar, o preço que tenho que pagar por ter feito isso é não te ter comigo para sempre... Aceito, sofro, choro, grito, me desespero, o que deveria fazer? Deito e não consigo dormir, por que sei que agora te perdi; todo sempre. Não penso em nada mais, pois meus pensamentos são o último lugar que posso te ter aqui, para mim. Não tenho escolha, chorar e sofrer não são suficientes, mas aceito sem relutar, ou tentar fugir. Vou ocupar meu tempo com algo que me faça perceber que 100 dias sem você são melhores do que um dia com outro alguém, ou que o resto da minha vida sabendo que eu te perdi me fará mais feliz do que 200 anos com alguém que TENTE me fazer feliz. Já errei, e não posso refazer, desejo que isso seja um pesadelo e eu acorde disso agora, mas não é... Não é! Não sei muito bem o que eu fiz, não tenho noção, sofro sabendo que não te tenho mais. Agora, nem que eu tentasse, conseguira sentir algo diferente de ódio à pessoa que eu sou, acabei de dar razão ao que mais me fez lutar, acabei com o fio de esperança que ainda tinha, se antes já era difícil, agora é impossível. Como dói. Dói tanto que já não sinto mais, tento chorar e nem a lágrima merece meu sofrimento. Não foi muito, talvez sim, mas antes de tudo foi um ponto final; que como flecha em meu coração, escureceu meus olhos; morri.

A chuva só me faz mais triste, a noite me faz sofrer. Memórias me abatem, nada me faz pensar que há volta, porque não há. Agora é hora de acordar... Caminhar sobre o sangue que derramei ao me cortar. Esquecer que um dia te amei, e te fiz me amar, esquecer como tudo isso foi bom e lembrar que o final foi triste. Sei que ainda e para sempre vou sorrir quando teu sorriso eu ver, só assim posso sorrir de novo. Assim vai ser.


15/03/2010

Liberdade.

Que não seja medida a duração, mas sim a intensidade; a essência dessa frase já foi “traduzida” das mais diferentes formas. Incomensurável sentido tem essa frase. Como tudo tem um fim (tudo mesmo) que a nossa eternidade valha a pena. Mas não importa... Pelo menos agora. Não sou melhor nem pior por não te ter, nem feliz ou infeliz, só sou incompleto; por enquanto. A parte que não tenho mais, deve ser re-feita, e o que se foi merece ser esquecido. Não só para meu bem,mas por que quero ver o seu sorriso e lembrar que um dia foi a minha única razão, o brilho dos seus olhos será também o que preciso para seguir em frente. Mas não me culpe por eu ser a minha própria maior decepção, acho que já é justo. Find somebody else to blame.

Morreu, se apagou, infinito foi enquanto durou. Consegui cumprir o modelo, da forma que deveria ser feito, mas não da forma que deveria ser para mim (nós). Não pensei que seria assim, mas talvez tenha sido a única forma de me fazer acordar para a realidade, don't even know reality. Hora de admitir, que sem perceber passei do limite, de o tempo ser meu comandado. Não posso mais deixar que o tempo determine o que será feito. Agora eu vou decidir, o que tem que ser feito com o meu tempo. Escravo do tempo não sou mais, deixo de ter as mãos atadas. Caminho sem pensar se há algo lícito ou não, as consequências serão apenas minhas, e isso me conforta. “Ninguém” mais “depende” de mim, e muito menos eu dependo de alguém. Desprezo? Nunca. Liberdade faz/fez falta, e agora a tenho de volta. Muitas vezes não soube utilizar a liberdade (ou a falta dela), hora de aprender a utilizar os limites que eu vou me impor. Não sou um rebelde, mas com um pássaro que acaba de ser liberto da gaiola, penso que devo ir para o mais longe de tudo que já me fez mal, e guardar com certo zelo o que me fez sorrir -todo e qualquer sorriso, ficará preso aonde não possa me tocar. É preciso viver , pela primeira vez, como se tivesse acabado de nascer, e nada soubesse.

Preciso de alguém, que me ensine -sem medo- como amar, andar, ouvir, etc. Tudo que um dia soube e hoje “não sei” mais é inútil. História nova. Livro novo. Pessoa nova. Re-construindo a realidade. Sem você será muito mais fácil. A dor é passageira da mesma forma que a vida é, não vou parar de viver por que ainda sinto dor, sem medo vou seguir e te esquecer. Sim, eu vou. Assim talvez seja o meio mais “fácil” de obter paz. Amar alguém novo, de forma diferente que te amei; conhecer alguém que me veja de uma maneira diferente do que antes alguém me viu... Diferente, diferente, diferente. Que dessa vez seja intenso de forma real, e infinito de forma presente.


23/03/2010


De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”


Vinícius de Moraes – Soneto da fidelidade

'Cause I'm in love with you ♫

Dessa vez eu realmente não quero me despedaçar, não quero me machucar; e sei que não vou. E mesmo me afastando de você a cada dia, eu sei que não há uma maneira de não pensar em nossos “últimos últimos” momentos, é como se fosse um ritual voluntário e involuntário, assim que coloco minha cabeça no travesseiro e ouço uma música antes de dormir, é de você que todas frases dessa música me faz lembrar. Cada sentimento nosso é explicitado em um verso de um cantor qualquer; como se o seu sorriso significasse o meu sorriso e tudo isso significa amor.

Tudo isso só por que eu ainda estou apaixonado... os mesmos olhos azuis, o sorriso sincero, e tudo que acontece quando nada atrapalha nosso momento, onde o amor realmente se faz presente em sua forma mais natural e inocente, como se eu sentisse seu cheiro agora, e o conforto de seus braços e o amor de suas palavras me dessem coragem para não pensar em algo que não seja estar com você sempre. Pensar em você não pode ser definido da mesma forma que eu penso em qualquer outra pessoa, nada se compara ao sorriso em meu rosto quando penso em tudo que foi e que um dia ainda será... Sorrir por você é mais fácil do que sorrir para qualquer outra pessoa. Com você é realmente muito diferente. Palavras simples como amar e pensar são insignificantes se comparadas a alegria que minhas memórias me trazem.

I pray that we make it through! Make it through the fall, make it through it all!


11/03/2010

Não importa quando...

A independência é tão prazerosa, e só é percebida sua importância quando dependemos de algo/alguém. Por muitas vezes, ela me lembra que eu coexisto, e não só existo. Querendo ou não, não dependo só de mim para fazer o que quero, etc. Por muitas vezes a dependência é “voluntária”, a inércia/inatividade que rege nosso cotidiano de certa forma é o ar que respiramos, mas nada é pior do que depender de alguém no amor. Não no sentido de precisar de alguém para amar, não dá para se amar sozinho (obviamente); mas quando a “intervenção de algo externo” torna-se o grande ponto a ser superado! Já me acostumei, não acomodado, mas conformado com o fato de ser dependente não por vontade minha.

A dependência nos afunda em um estado inerte, como já disse; o que me deixa com o sangue mais quente, e faz minhas reações mais energéticas e automáticas, o que já me fez “mais escravo” desse estado dependente, e por meu erro estendeu-se ou talvez tenha sido eternizado o fato de que eu seja dependente disso. Reagir de forma imediata nessa ocasião, foi uma lição que tive que aprender com o meu próprio erro; falar de mais e passar por cima de -regras, não foi realmente uma decisão das mais inteligentes, por mais que inteligencia não seja o mais importante, o grau de “mandante” é muito mais importante do que ter a razão. Não errem como eu.

Como se caminhasse por um vale onde há mais árvores do que luz, tudo torna-se escuro, as subidas ingrimes e descidas alucinantes fazem a caminhada ser exaustiva. Onde deveria ser um rio cristalino, há um rio que como cachoeira de lágrimas derrama o sofrimento em cima de mim, o que me faz mais fraco. Pedindo que eu não tome água de sua fonte, me faz sentir mais derrotado ainda frente a tudo isso. Não desejo outro rio, da mesma forma que não desejaria outro “cigano” para caminhar entre as árvores desse bosque e beber da água desse rio que se desfaz em cachoeira. Prefiro ficar preso entre suas árvores, e morrer de sede sem suas águas, a que um outro qualquer seja feliz com tudo que está guardado em minha memória. Não deveria ser assim, mas começo a me imaginar longe de você, e não vejo um sorriso em meu rosto nesse futuro.

Independentemente de ser dependente” ou não, escrevo meu futuro em linhas retas que são inalteráveis. Nada pode mudar minha vontade, nada é tão grande e assustador que eu já não tenha vivido. Não, não vai sair da minha boca a palavra -desisto. Realmente, não vai ser assim. Você, desista de tentar vencer o que eu sinto, o que sentimos. Eu, acredito que um dia, não importa quando, nosso sol vai voltar a brilhar mais forte do que nunca. Nosso amor vai ser maior do que antes fora. E dessa vez, sim; nada poderá nos impedir de viver nossa história. “Meu Deus, como eu te amo.


10/03/2010

Ser, agir, pensar, existir.

Acordar e ter que se lembrar que tudo depende do que você aparenta ser e não do que você realmente é, passou a ser muito normal por mais que seja muito mais cruel do que os olhos agora podem ver. É tão desgastante, e ninguém percebe; é tão degradante, e todos gostam; tão fútil, e todos praticam. Por qual razão? Ninguém se influencia se ninguém quiser influenciar, muito mais do que vontade de nos moldar é a vontade de nos destruir com esses moldes ; e parece que tudo de fato pode ser influência. Até o menor gesto de ignorância, que por muitas vezes passa despercebido torna-se razão para entrar em um mundo muito mais aparente do que real, a realidade virou abstrata.

Ninguém realmente sabe o que é real, e o que não é. Todos (por -incrível- que pareça) vivem na mesma realidade, em seus 2 m² de espaço, e a grande maioria tem medo de quebrar esse limite e sair da linha de conforto. A mentira reina onde ninguém diz a verdade. Viver por sua verdade, e não buscar real entendimento virou lei. Regras que ditam o mundo, muitas vezes são criadas por quem realmente não tem noção do que diz, faz, etc. E por muito, nós vivemos atrofiados dentro da casca que nos “protege” por fora enquanto o que realmente importa (o que somos) esquece de “evoluir” e ser maior do que o exterior. Somos proibidos de pensar, por que muitos impedem que ideias novas sejam aceitas.

A vontade de ser diferente quase não existe mais, e o “ser diferente” agora é o mesmo para todos. Personalidades são duplicadas, triplicadas, quadruplicadas e o mundo vira “um monte de mesmas coisas”. A rotina é sempre a mesma, as palavras são sempre as mesmas, e assim continua o atrofiamento mental em todas as classes da sociedade. A visão vai ficando cada vez mais fechada, ao ponto de passarmos por cima de quem é igual a nós, e sem ao menos percebermos. Não, isso ainda não é suficiente ? Pelo menos é mais um “pequeno” motivo para despertar a vontade de ser realmente diferente do que é ser diferente atualmente.

Amar já não é como antes. Ama-se um pouco aqui, um pouco lá, e de repente ama-se todos. Todos merecem ser amados, mas nem todos merecem amar. Entrar no mesmo ritmo de tudo e dizer que ama não é digno, guarde mais do que a palavra amor e sim o que dá razão para ela, os múltiplos significados que essa tem. Honre a oportunidade que tem de amar, e fazer alguém sentir algo que seja de fato e especial e não banal. Guarde-se para que ainda haja em você a chance de ser puro&essencial. Ame com intensidade, divirta-se com a possibilidade poder amar alguém (de) novo, esqueça que existem moldes e crie sua própria forma de ser.agir.pensar.existir. Seja alguém marcado por ser diferente, e não se deixe esquecido nas linhas da história sem ao menos ser notado. Existe, pensa, age.


06/03/2010

Odiavelmente, se perdeu o sentido.

É tão legal a confusão de sentimentos que vem acompanhada de um pensamento sobre você, ou sobre nós. Mais legal ainda que eu já tenha sentido tudo isso, mas não ao mesmo momento como esperei (sempre) que você me fizesse sentir. Só consigo sentir quando não tenho você aqui comigo, talvez por que estar longe de você seja a peça que realmente complete nossa história, penso desde agora que a função do amor só se faz completa quando consegue te fazer sofrer e ter noção de como dói perder a vontade de viver por que o amor decidiu te sufocar.

O amor sanguinário voltou a ser o que domina por aqui, por mais que seja ilusório. Como se perdesse seu brilho e encanto, o encanto foi quebrado... Talvez não haja mais, outro amor para mim a não ser aquele que está “previsto em lei” , e se encontra normalmente onde é regra. Odiavelmente o amor virou um sistema, um ciclo vicioso que se quebra com o sofrimento de um ou mais elos dessa corrente. Eu talvez fosse/sou o mais frágil e inflexível dos elos, e por isso tenha quebrado.

Muitas situações contribuem para que o ciclo seja quebrado e nem sempre o desgaste é o fator principal. Algumas vezes fatores externos são cruciais para que o desgaste torne-se a evidência o que muitas vezes não é verdade. Situações são “plantadas” de fora para dentro, trazendo o veneno e transformando o amor nisso que já descrevi. Muitas vezes o externo torna-se essencial, e o que realmente mantém o amor é esquecido. Não deixe o amor se acabar.


15/02/2010

Getting back.

Depois de muito tempo, passei grande parte do meu dia pensando em momentos que marcaram nosso tempo juntos. X-games... HSM 3, uma das minhas últimas tentativas reais de fazer tudo dar certo. E por ai vai, não convém citar aqui. E isso real/definitivamente não me faz bem! Não só porque não serão repetidas essas ocasiões, mas também porque eu não posso reviver isso com ninguém, realizo isso quando vejo o brilho em meus olhos nos nosso breves momentos fotografados quando estávamos juntos. Parece que esse brilho nos olhos, tem que ser substituído por alguma outra situação, como um sorriso superficial, ou algo do gênero.

Não é possível ser feliz sem você. É uma das afirmações mais reais, e recorrentes. Depois de vencer tudo isso, basta uma foto para eu retroceder todos passos que havia dado. Seu sorriso é como luz que guia minha direção, e eu já não tenho mais para onde ir. Tudo é escuridão, como se todas alternativas tivessem sido esgotadas, e a única alternativa fosse amar mesmo sabendo que nunca, -nunca-, nosso amor vai ser possível. Nunca é muito tempo, e eu sei que nunca também significa sempre, pena que para eu e você esse sempre não é o sempre que sempre desejei(amos) ser cumprido.

Por mais que eu corra, é como se eu fosse muito lento, e tudo me alcançasse. Qualquer esforço que eu faço é jogado pela janela, e como folhas soltas voa ao relento. E involuntariamente eu corro atrás como se a solução fosse juntar essas memórias, e eu sei que não é! Viro as costas, e as deixo ir. E espero sentado que elas voltem, trazidas pelo vento, que também de mim, levou o amor. O cenário não é depressivo, porque memórias por mais que sejam sofridas de voltarem, sempre trazem seu sorriso, o que alivia minha dor, e por um breve momento é como se todo meu passado voltasse a ser presente. Não, não é assim que tem que ser. E infelizmente é.

Eu sou fraco, mas por fora sou forte. Eu amo, mas por fora nego. Eu choro, mas fora sorrio. Eu fujo, mas corro atrás. Procuro soluções, quando realmente não me importa mais nada a não ser te amar. Dou risada quando deveria chorar por ter perdido o amor da minha vida. E agora desisto, ou tento, quando deveria fazer o contrário, ou não. E amo mais do que nunca, onde talvez a esperança não exista, e nem o vento sopre, é ali que estarei te esperando! Onde o sol não brilhe, e o ar não exista, ali é onde estou vivendo, como se te esperasse para poder respirar e seguir minha vida.


1º/03/2010