Agora não.

Antes pensei que não houvesse uma palavra ou frase que descrevesse a dor do fim de um amor. Muito já tentei, ao menos entender razões para tal sofrimento. Todos nós que já sofremos, podemos tentar descrever quanto difícil é deixar tudo para trás e não sofrer buscando explicações.

Por muito é como uma ferida que tem hemorragia ETERNA, que nunca cessa o sangramento por mais que o tempo passe nada é capaz de essa ferida cicatrizar. O sangue que escorre dessa ferida é como brasa que a tudo e a todos consome e nada pode detê-la.

Nem sempre nos consome por inteiro, mas o pouco que nos é destruído faz falta imensa, nosso rumo se perde, tudo se escurece e nossa única alternativa é sentar e sangrar enquanto a escuridão que nos rodeia e nos faz cego impede que nós enfrentemos nosso medo.

A confusão de aromas e sons nos faz parar no tempo, sem a força que nos é roubada quando sangramos não há motivação para correr para algum lugar “seguro” que nos renovo e nos ajude -mesmo sem força- a lutar e conseguir nossa liberdade de amar de volta.

Dessa vez não é assim. Tudo é como um câncer que me consome, e definha-me em vários pedaços. Por esse momento não me abate, e ainda me faz forte e mais forte a cada dia. Talvez por essa força que cresce a cada dia, eu já tenha sido entregue novamente.


30/12/2009

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